A tal da Vitamina C!

A vitamina C foi a primeira vitamina a ser sintetizada. Em 1933, ela foi feita com o objetivo de ser preparada industrialmente e se tornar disponível ao público em grandes quantidades a um custo acessível. O nome químico, ácido ascórbico, representa as duas características da substância. A primeira, obviamente, é um ácido, e a segunda palavra "ascórbico", reflete o seu valor biológico na proteção contra a doença do escorbuto. A carência da vitamina C no organismo é responsável pelo escorbuto em adultos, e pela doença de Barlow em crianças.

Atualmente, a vitamina C está sendo muito estudada em relação ao seu papel como antioxidante. Já utilizamos diversas formulações cosméticas com ácido ascórbico como antioxidante para prevenir contra os danos causados pelo sol e para tratamento de melasma e estrias. Ingerir a vitamina também é comprovadamente importante para diminuição de risco para certos tipos de câncer, doenças cardiovasculares e cataratas, bem como na cicatrização de feridas e no reforço do sistema imunológico (quem nunca ouviu dizer que "vitamina C ajuda curar gripes e resfriados", não é mesmo?).


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Como sabemos, o envelhecimento é inevitável e acontece por todo o corpo, mas é na pele que ele se torna mais visível, pois ela passa pela degradação das fibras de colágeno com o passar do tempo, e consequente perde sua elasticidade, dando origem às rugas e à flacidez.

Apesar de ser causado pela idade, o envelhecimento também pode ser precocemente causado e agravado por fatores externos resultantes da exposição solar pelos raios ultravioletas, sendo um de seus principais causadores, os radicais livres. Basicamente, os radicais livres são elétrons desestabilizados originados normalmente pelas reações químicas do nosso metabolismo. Mas fatores como: medicamentos, choque térmico, fumo, álcool, alimentação rica em gordura, produtos industrializados e artificiais, luz solar e artificial, poluição e estresse, podem aumentar a produção dos radicais livres, que atacam o colágeno e a elastina da derme. Além da aparência prejudicada, o excesso de RL ainda provoca danos celulares e degeneração do DNA, ocasionado câncer.


COMO PODEMOS USAR A VITAMINA C A NOSSO FAVOR?

Como forma de combate aos radicais livres, o nosso organismo possui os próprios mecanismos de defesa antioxidantes, que os neutralizam e os reduzem, ou evitam os danos provocados por eles. Além da nossa própria defesa, a natureza ainda nos dá inúmeras substâncias antioxidantes, sendo as vitaminas C e E as mais significantes para o organismo humano. (Aqui eu explico como a vitamina E funciona certinho ;)

Existe uma infinidade de cápsulas, pastilhas e dermocosméticos contendo ácido ascórbico, mas mais uma vez, eu devo reforçar que a melhor maneira de obtermos vitaminas é através da alimentação, e com a vitamina C não é diferente. A maior parte das plantas e dos animais podem sintetizar a vitamina C, porém nós seres humanos não, pois somos incapazes de produzir a enzima necessária para tal processo. Sendo assim, algumas das principais fontes são: frutas cítricas (limão, laranja), acerola, caju, goiaba, repolho, brócolis, couve-flor, salsa, batatas de todos os tipos, morangos, manga. Também é encontrada no leite e na carne, mas em quantidades bem menores.

Nas formulações cosméticas, as vitaminas atuam como princípios ativos, ajudando no combate dos radicais livres que são gerados na pele. O ácido ascórbico possui ação antirradicais livres e atua como co-fator nas reações de produção de colágeno. Portanto, nossa querida vitamina C é capaz de neutralizar os radicais livres da pele produzidos pela exposição aos raios UV.


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A vitamina C é amplamente utilizada como ativo em cosméticos, já que trata-se de uma substância que apresenta múltiplas funções o que proporciona excelentes resultados no tratamento das alterações da pele provocadas pelo envelhecimento. Quando utilizada de forma adequada, a vitamina C promove estímulo da produção de colágeno, ação despigmentante e atividade antioxidante. A concentração usual de vitamina C em cosméticos varia de 5% a 15%, sendo que estudos demonstram a maior eficácia obtida com no mínimo 10%. 

Se você vai comprar um produto com vitamina C, observe bem os rótulos dos produtos para que não haja dúvidas da presença da vitamina em sua composição, já que nem sempre o que está ali condiz com os aspectos comerciais demonstrados pelo marketing. 


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